Síntese Informativa
Entidades não lucrativas
Esta notícia foi tirada do seguinte site: http://diário.iol.pt/economia/sociedade-civil-entidades-não lucrativas - portugal - ong - no dia 7 de Maio de 2008 às 11:00 horas.
Este artigo é relevante na medida em que ele expressa o peso que as organizações não lucrativas representam na sociedade portuguesa. Este sector denominado por terceiro sector ou economia social, constitui em Portugal uma força económica significativa representando 4,2% do PUB, ou seja, empregam 227 mil trabalhadores, o que corresponde a 4,2% da população activa.
As Guerras do Pão
Este artigo foi retirado da Revista Visão, o seu autor decidiu baptizá-lo de “As guerras do pão”. Ele realça a questão social que mais preocupa os governantes de todo o mundo e as Organizações Não Governamentais: a fome.
O aumento do preço dos alimentos está a provocar uma onda de protestos a nível mundial., existem mais de 80 países afectados e quase mil milhões de esfomeados (em 6 671 milhões de humanos) já foram palco de manifestações e motins e o índex de preços alimentares feito pela Economist desde 1845 tem batido sucessivos records nos últimos meses. O Presidente do Banco Internacional Robert Zoellick, diz que o pior ainda está para vir, não criemos falsas expectativas. Diz ser necessário um novo acordo global, para ser aplicado a longo prazo, porque os preços do arroz, do milho, do trigo e do leite não devem baixar tão cedo.
Os responsáveis das Nações Unidas, fazem declarações mais categóricas, António Guterres, alto-comissário da ONU para os Refugiados, diz que a esmagadora maioria dos países afectados «não tem qualquer hipótese» de enfrentar isoladamente o aumento dos preços e de tomar medidas politicas internacionais que permitam enfrentar este fenómeno, mas existem países onde estamos a assistir a uma nova face da fome, lugares onde há comida nas prateleiras, são cada vez mais aqueles que não têm como comprar. Segundo o Director da FAO, a agência da ONU para a Agricultura e a Alimentação, Jacques Diouf, « é necessário agir e tomar medidas urgentes para minorar os efeitos a médio e longo prazo». Não poderemos deixar que aconteça o que esta acontecendo no Egipto. Que nos últimos 26 anos, o Presidente Hosni Mubarak tem governado a seu bel-prazer mas nunca como o regime se mostrou tão vulnerável. Desde o inicio do ano que a população decidiu empenhar-se nas «guerras do pão» e obrigou o governo a rever a sua politica de subsídios alimentares e a mobilizar as forças armadas para conter as alterações á ordem pública.
Na Indonésia, a história repete-se, e já em Janeiro último mais de 10 mil pessoas participaram num protesto contra os elevados preços da soja, em Jacarta.
No México, os tumultos foram baptizados Guerra das Tortilhas, na Índia, houve uma Batalha das Cebolas, nas Filipinas o preço do arroz atingiu os níveis mais elevados dos últimos 34 anos. Na Argentina, o estado de graça da recém eleita Presidente Cristina Kirchner desapareceu quando o governo de Buenos Aires decidiu aumentar os impostos às exportações agro-pecuária e, em África os protestos contra a «agrofloração» espalham-se a ritmo vertiginoso.